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A expectativa cautelosa do boom imobiliário da região – processo estacionário ou permanente?

Jornal A República de Itaipava


Fevereiro / 2004


Alexandre Sodré é arquiteto, proprietário do Studio da Mata com sua mulher, a paisagista Rita Ribeiro, há 16 anos morando em Araras, desde que chegou do Rio, há seis estabelecido em seu escritório em Itaipava. Eles projetam construções e paisagismo utilizando materiais rústicos para se adequarem à região, explorando as características da região, terreno e local.

Alexandre diagnosticou, há uns 10 anos, o início da procura por qualidade de vida, um local mais saudável, mais pacato, mais sociável, mais humano. Também percebe dois tipos de implantação: o futuro morador atrás de qualidade e o capitalista atrás do ganho econômico. São construídos condomínios, prédios, a concorrência aumenta e, conseqüentemente, o preço cai. Constatou também, ao longo dos anos que a procura, aqui nesta região de Itaipava, por trabalho como o dele é feito por clientes de fora, dificilmente por petropolitanos. Nos seus primeiros anos observa os cinco primeiros como mais tranqüilos, depois a procura por seu trabalho foi num crescimento constante. A maioria de seus clientes, nos últimos dez anos, desejou construir uma casa para fim de semana, sempre afirmando que quer experimentar, para um dia vir de vez. E, para dizer a verdade, a maioria fala da boca pra fora, diz Alexandre, o cliente quase nunca vem morar em sua casa da serra. No início de seu trabalho na região, ele era mais procurado por clientes de classe média alta. Desde o boom imobiliário, quando passou a ser mais conhecido na região, Alexandre tem pedidos de todas as classes que podem construir, desde baias para cavalos até construção de hotéis e pousadas. Para sua esposa Rita Ribeiro, paisagista, a procura por trabalho também aumentou. A maioria de seus clientes está atrás de beleza, de harmonia em seus jardins.

Quando o casal vê um grande espaço desmatado, sugere um reflorestamento, o que poucos aceitam, então forçando um pouco a barra, conseguem reflorestar, quando o cliente tem consciência ecológica. Alexandre viu Itaipava crescer num dado momento, reconhece, mas ele ainda assiste algum respeito que as pessoas tem pelas áreas de proteção ambiental. Mesmo assim acredita que um trabalho de maior conscientização ambiental seria bem vindo.Assim como o projeto Araras vem fazendo, conscientizando a comunidade e fazendo conquistas neste sentido. Seria fundamental, também, a participação do Poder Público neste sentido. É possível encontrar alguns projetos urbanísticos, melhorias públicas etc, aqui pela região, porém iniciativa do particular.Acredita que, com consciência urbanística e ecológica, a região vai continuar crescendo, sim, com a harmonia sonhada por profissionais da construção e moradores apaixonados por aqui.

Alexandre Sodré

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